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Lagares e Adega

O mais antigo recipiente reconhecido como equipamento de vinificação. Ao longo de milénios tem sido o berço dos vinhos da humanidade.

A sua origem remonta à antiguidade. Egípcios e romanos utilizavam o lagar para esmagar as suas uvas.

 

Na Quinta da Furada os lagares são de xisto e granito, foram recuperados a fim de fazermos a vinificação à antiga dos nossos vinhos de mesa e do Porto.

 

A pisa das uvas nos nossos lagares é feita a pé, o que permite uma maior maceração da uva e por consequência uma maior extracção de cor e compostos fenólicos. É um processo lento, dispendioso e exige sacríficio e disciplina de quem o faz. No entanto, deixa a sua marca no vinho.

A primeira fase da pisa é conhecida como “corte”, que consiste em esmagar as uvas para separar o sumo de suas cascas. Nesta fase, o pessoal da pisa (dois para cada 750 quilos de uva) costumam formar uma linha, ombro a ombro, e avançar lentamente pelo lagar, pisando de maneira ritmada, por cerca de duas horas, para garantir o esmagamento das uvas.

Terminada essa etapa, passa-se para a fase da “liberdade”, que dura cerca de três horas. Nela, quem faz a pisa passa a poder-se mover de forma livre por todo o lagar, assegurando que as películas de uva sejam mantidas submersas sob a superfície do vinho. Se a fase do corte tende a ser realizada em silêncio, excepto por uma marcação de tempo, a da liberdade normalmente é feita com alguma música típica da época da vindima.

Após algumas horas, a fermentação tem início e o calor e o álcool produzidos começam a libertar cor, taninos e aromas fabulosos e enebriantes. 

 

E é daqui, desta invenção secular, mantida tradicionalmente na Furada, que se iniciam os nossos vinhos únicos.

 

 

Its origin dates back to antiquity. Egyptians and Romans used the lagaares to crush their grapes.

 

At Quinta da Furada the lagares are made of schist and granite, which were recovered in order to make the old winemaking of our Douro and Port wines.

 

The trodding of the grapes is done by foot, which allows a greater maceration of the grape and consequently a greater extraction of color and phenolic compounds. It is a slow, expensive process and requires sacrifice and discipline from those who do it. However, it leaves its mark on wine.

The first stage of the tread is known as "cutting", which consists of crushing the grapes to separate the juice from its skins. At this stage, treading staff (two for every 750 kilograms of grape) usually form a line, shoulder to shoulder, and move slowly through the lagar, stepping in a rhythmic manner, for about two hours, to ensure the crushing of the grapes.

After this stage, we move on to the “freedom” phase, which lasts about three hours. In it, the treader can move freely throughout the lagar, ensuring that the grape skins are kept submerged under the surface of the wine. If the cutting phase tends to be carried out in silence, except for a time stamp, the freedom phase is usually done with some music typical of the vintage season.

After a few hours, fermentation begins and the heat and alcohol produced begin to release fabulous, heady color, tannins and aromas.

 

And it is from here, from this centuries-old invention, traditionally maintained in Furada, that our unique wines begin.